RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A fumaça subiu quando começou o show do Planet Hemp no palco Sunset, na tarde deste domingo (15), no Rock in Rio. A nuvem espessa, além de maconha, era também de vape.
O cigarro eletrônico, cuja venda no Brasil é proibida pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é uma das modas comportamentais da edição de 2024 do Rock in Rio.
O vape está na lista de itens proibidos pela produção do Rock in Rio, mas usuários ouvidos pela reportagem disseram não enfrentar qualquer dificuldade na entrada.
Uma das pessoas entrevistadas, que não quis se identificar, disse que escondeu o acessório dentro do tênis no primeiro dia de festival, na sexta-feira (13). Diante da aparente tranquilidade, o deixou na bolsa e entrou sem ser incomodada neste domingo.
Outra pessoa ouvida disse que deixou de trazer na sexta porque viu que o vape estava entre os itens proibidos, mas observou muita gente usando, entre elas alguns funcionários do próprio Rock in Rio, e voltou ao festival neste domingo com um deles no bolso.
Na sexta, dia dedicado ao trap, de público jovem, mais vapes foram vistos do que neste domingo, dia do rock, com uma média de idade aparentemente maior.
Anonimamente, seguranças que atuam na revista afirmam ser difícil barrar todos os itens. A prioridade é evitar a entrada de objetos que coloquem outras pessoas em risco, como objetos cortantes e garrafas de vidro.
A produção do Rock in Rio afirmou que somente no primeiro dia cerca de 5 mil itens proibidos foram apreendidos na entrada, sem especificar quais.
“Acho que algumas pessoas da segurança podem nem entender o que é o vape, já que cada um tem um formato. Alguns se parecem com baterias portáteis de celular”, afirma Felipe Almeida, 29, que trouxe um escondido na pochete.
Quando o show do Planet Hemp começou, Almeida repassou o cigarro eletrônico para amigos e acendeu um cigarro de maconha. “Agora preciso trocar.”