A Vale deu um passo decisivo na busca por maior competitividade e sustentabilidade ao expandir a contratação de gás natural no mercado livre. A mineradora projeta que, até 2025, 90% do consumo de gás natural de suas operações no Brasil será proveniente desse ambiente mais dinâmico e eficiente, um salto significativo em relação aos 20% registrados em 2024.
A estratégia se concretizou recentemente com a assinatura de contratos com a Eneva e a Origem Energia, reforçando o compromisso da empresa em estimular o mercado livre e garantir condições mais vantajosas de fornecimento. A Unidade Tubarão, localizada em Vitória (ES), será a principal beneficiada, concentrando 60% do consumo de gás natural da companhia. Essa unidade é vital para a produção de pelotas e briquetes de minério de ferro, produtos premium no portfólio da Vale, que ganharão ainda mais destaque com a inauguração de uma nova planta de briquetes no início de 2025.
“A evolução do mercado livre de gás natural é uma conquista para o setor industrial brasileiro. Buscamos um fornecimento confiável e competitivo em um mercado mais aberto e transparente, colaborando para o desenvolvimento de um insumo essencial para a economia”, destaca Mariana Rosas, diretora de Suprimentos Estratégicos da Vale.
Avanços na parceria com produtores de gás natural
A Origem Energia estreia no mercado livre do Sudeste brasileiro ao fornecer gás diretamente à Vale, destacando a flexibilidade e a competitividade de seus contratos. “Esse marco reforça nosso compromisso em atender às demandas dos clientes com soluções customizadas e competitivas”, afirma Flavia Barros, diretora Comercial da empresa.
Já a Eneva fortalece sua posição no setor com a utilização da infraestrutura do Hub Sergipe e da malha da TAG para atender à Vale. Marcelo Lopes, diretor executivo de Marketing, enfatiza que o contrato exemplifica as condições especiais oferecidas pela companhia, como segurança de suprimento e alternativas flexíveis para um mercado em expansão.
Sustentabilidade e redução de emissões
Os benefícios vão além da economia: em São Luís (MA), uma planta de pelotização será convertida de óleo combustível para gás natural, permitindo uma redução de 28% nas emissões de carbono. Essa transição é parte da meta da Vale de avançar na descarbonização, aliando inovação e responsabilidade ambiental.
Com a experiência bem-sucedida em contratos de curto prazo no mercado livre em 2023, a empresa está confiante de que o modelo veio para ficar. “Os resultados iniciais nos motivaram a buscar acordos mais robustos para 2025. Essa mudança representa um divisor de águas para o mercado de gás natural no Brasil”, reforça Mariana Rosas.
Por que isso importa?
A consolidação da Vale no mercado livre de gás natural é uma estratégia que combina competitividade, sustentabilidade e inovação. Esses esforços não apenas posicionam a mineradora como referência no setor industrial, mas também ajudam a impulsionar o desenvolvimento de um mercado mais eficiente e dinâmico no Brasil.