SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A fala do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato do Partido Republicano à Casa Branca, Donald Trump, em uma entrevista no domingo (13) sobre utilizar as Forças Armadas contra um “inimigo interno” composto por “lunáticos de extrema esquerda” causou forte reação do Partido Democrata e de sua adversária na corrida eleitoral, Kamala Harris.
Depois de falar em inimigos internos “mais perigosos que inimigos estrangeiros” em comícios eleitorais no fim de semana, Trump disse em uma entrevista à emissora Fox News que acredita que haverá caos no dia da eleição, em 5 de novembro.
“O problema maior é do inimigo interno. Tem pessoas muito ruins, pessoas doentes, lunáticos de extrema esquerda. [Esse problema] deveria ser resolvido muito facilmente, se necessário, pela Guarda Nacional. Os militares deveriam lidar com isso, porque eles não podem deixar que isso aconteça”, disse Trump.
Ainda que vença a eleição, Trump não seria capaz de dar ordens às Forças Armadas americanas antes de tomar posse em janeiro de 2025.
“Um novo mandato para Trump seria um enorme risco para a América”, disse Kamala Harris em um comício na Pensilvânia nesta segunda-feira (14), se referindo aos comentários de Trump e dizendo que, para o republicano, quem discorda dele é o inimigo.
“Trump está sugerindo que americanos são ‘inimigos’ piores do que adversários estrangeiros, e está dizendo que usaria o Exército contra eles”, disse um porta-voz da campanha de Kamala ainda no domingo. “Some isso à sua promessa de ser um ditador no primeiro dia de mandato, seu pedido para acabar com a Constituição e seus planos de se cercar de bajuladores que dariam a ele poder sem precedentes, isso deveria preocupar todos os americanos que se importar com suas liberdades e sua segurança.”