SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O pedido de tombamento de prédios baixos e casas geminadas no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, foi arquivado durante reunião do órgão municipal responsável pela conservação do patrimônio histórico da cidade, na tarde desta segunda-feira (18).
Na proposta, havia imóveis localizados nas ruas dos Pinheiros, Mourato Coelho, Cristiano Viana, Capote Valente, Teodoro Sampaio e Capitão Prudente. A maioria foi construída nas décadas de 1950 e 1960 e passou a dividir o espaço urbano com prédios e torres residenciais erguidas no bairro nos últimos anos.
A votação ocorreu mais de um ano após apresentação de um estudo de tombamento preliminar das chamadas “manchas heterogêneas” formadas por construções diversas e próximas entre si do bairro por associações de moradores.
Por estar entre eixos de transporte público, como o corredor de ônibus na avenida Rebouças, e trechos da linha 4-Amarela do metrô, Pinheiros tem sido alvo do mercado imobiliária desde a aprovação do Plano Diretor, que incentiva a construção próximo a sistemas viários.
Alguns proprietários dos imóveis analisados participaram da reunião do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) nesta segunda e se posicionaram de maneira unânime contra o tombamento.
O argumento é de que se trata de prédios e casas modificadas arquitetonicamente ao longo dos anos e, agora, habitados por idosos sem interesse e capacidade financeira de manter a conservação.
Segundo os moradores, o interesse de compradores pelos imóveis se esvaiu a partir do momento em que foram listados como alvos de tombamento.
A reunião teve também a participação do movimento Pró Pinheiros, que argumentou a favor do processo de conservação dos imóveis antigos por manterem a identidade original do bairro.