RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu, nesta quarta-feira (27), habeas corpus ao humorista e influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di. Preso preventivamente há quatro meses, o ex-BBB é réu por estelionato e lavagem de dinheiro, em um suposto esquema envolvendo produtos que não teriam sido entregues por uma loja virtual.
Nego Di, que estava detido na Penitenciária Estadual de Canoas 1 (Pecan 1), na região metropolitana de Porto Alegre, teve três pedidos de soltura negados pela Justiça do Rio Grande do Sul. Agora, ele responderá às acusações em liberdade, mas terá que cumprir medidas cautelares determinadas pelo tribunal.
O influenciador terá que comparecer periodicamente em juízo para justificar suas atividades e está proibido de mudar de endereço sem autorização judicial. Nego Di também não poderá se ausentar da comarca sem prévia comunicação ao juízo, nem frequentar ou usar redes sociais. Além disso, o passaporte do humorista será recolhido.
De acordo com a Justiça, o influenciador e seu sócio, Anderson Boneti, teriam lesado mais de 370 pessoas com vendas realizadas pelo site Tadizuera, entre 18 de março e 26 de julho de 2022.
A apuração da Polícia Civil indicou que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a Dilson na época ultrapassou R$ 5 milhões. Usuários relataram ter comprado produtos como televisores, celulares e eletrodomésticos na plataforma virtual, mas não teriam recebido os itens nem a devolução dos valores.
Gaúcho de Porto Alegre, Nego Di participou do Big Brother Brasil 2021, integrando o grupo Camarote como influenciador digital. Após 22 dias de confinamento, ele foi eliminado com 98,76% dos votos.