BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um dos sobreviventes do ataque terrorista contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo foi encontrado morto em um hotel de Paris.
O corpo de Simon Fieschi, que foi gravemente ferido no atentado de 7 de janeiro de 2015, foi encontrado na quinta-feira (17). Ele era o webmaster do site à época do ataque. A informação foi divulgada neste sábado (19) pela Promotoria de Paris, que abriu uma investigação.
O atentado ao Charlie Hebdo deixou 12 mortos, e se tornou um símbolo da intolerância contra um humor de tipo irreverente. O episódio motivou intensos debates sobre os limites da liberdade de expressão.
De acordo com o jornal Le Monde, as investigações sobre a causa da morte ainda estão inconclusas. Foi ordenada uma autópsia, que não tem resultado. Fieschi tinha 40 anos.
O perfil do Chalie Hebdo na rede social X publicou uma nota sobre a morte de Fieschi.
Na postagem, o grupo diz estar devastado pela morte do amigo. “Ele passou nove meses no hospital, onde lhe disseram que nunca mais poderia andar. Isso era subestimar Simon”, diz o texto.
“Ele se recusava a deixar que aqueles que tentaram destruí-lo vencessem. No julgamento dos atentados de janeiro de 2015, ele havia relatado, em particular, os impactos que as balas de kalashnikov tiveram em seu corpo, lamentando não poder mais fazer o gesto do dedo do meio”, diz o post.
Simon Fieschi foi o primeiro da redação do Charlie a ser atingido pelos disparos, enquanto trabalhava.