Shawn Mendes, o cantor mais bonzinho entre os pop stars, encerra Rock in Rio

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Muitos gritos preencheram a frente do palco Mundo do Rock in Rio neste domingo (22) logo que uma câmera subiu dos pés à cabeça de um Shawn Mendes que saía de trás das cortinas do backstage.

Foi o começo do último show principal desta edição de 40 anos do festival, e Mendes tinha a missão de capturar o público que minutos antes cantava as canções e admirava o agudos de Mariah Carey –uma das atrações mais aguardadas do festival– no palco Sunset.

Não foi difícil. Logo nos refrões do hit “There’s Nothing Holdin’ Me Back”, de seu segundo álbum “Illuminate”, de 2016, o público passou a cantar até as segundas vozes das músicas, mesmo com os telões desligados na maior parte da primeira faixa.

Foi a segunda vez de Mendes no Rock in Rio –ele também tocou no Mundo em 2017, quando, aos 19 anos, foi o mais novo a pisar no palco principal do evento até então.

“Tem tempo que eu não subo num palco assim, tá lindo aqui”, disse no começo do show. “Muito obrigado”, completou, em português, puxando gritos agudos das mulheres da plateia.

Mendes fez um repertório que não deixou de fora nenhum hit seu, caprichou nas guitarras em músicas mais melódicas, como “Monster”, e mostrou que faz um pop correto e bonitinho, como o de “Lost in Japan”. É difícil não agradar o público que é fã de outros garotos do gênero.

Ele é uma das apostas da décima edição do Rock in Rio que pena para reservar artistas que estão em seu auge.

Embora esteja prestes a lançar seu novo álbum, batizado com seu primeiro nome, não é exatamente um artista classe A, como Harry Styles e Taylor Swift. Poderia ser definido como um pop star da Shopee –da forma mais elogiosa possível.

Ele cantou a música que fez com sua ex-namorada Camila Cabello, “Señorita”, outras de seu segundo álbum, como “Ruin”, e faixas como “Youth”, do autointitulado de 2018. No fim da passarela, fez uma versão voz e violão de seu primeiro e maior hit, “Stitches”.

Do disco que sairá em outubro, adiantou “Isn’t that Enough”, “Nobody Knows” e “Heart of Gold”, essa dedicada a um amigo de infância que morreu de overdose. Emendou nela uma versão de “Pumped Up Kicks”, de Foster de People.

Mendes cumpriu o protocolo de um show de headliner: cantou perto da galera, ergueu uma bandeira do Brasil, repetiu “eu te amo” no mínimo 15 vezes.

Mas o momento que mais capturou o público aconteceu depois de um discurso fofo sobre o Brasil. “Senti que meu coração abriu depois que eu vim aqui pela primeira vez”, disse.

“O Brasil é um país que passa por tanta coisa e tanta dor. E todo mundo que já conheceu um brasileiro ao redor do mundo sabe que são as pessoas mais iluminadas que existem. Sabemos que os brasileiros superam a dor e dançam, vocês têm muito a ensinar para esse mundo”.

Em seguida, cantou o coro de “Mas Que Nada”, de Jorge Ben Jor, acompanhado pelo público.

Na nova “Why Why Why”, depois de um de seus músicos observar em português que fazia muito calor –nem fazia tanto–, o artista e seus colegas tiraram a camisa.

O canadense voltou em seguida, agora com apenas um cachecol ao redor do pescoço, para a última parte do show, que teve “If I Can’t Have You”, um cover de “Message in a Bottle” do The Police, e “Mercy”. Deixou o palco com “In My Blood”.

A jornalista viajou a convite da Natura

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