BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Moradores de Jerusalém correram para abrigos na noite desta terça-feira (1º, tarde no Brasil) em meio a alertas e explosões sob a cidade durante ataque de mísseis e foguetes do Irã em Israel.
A reportagem da Folha de S.Paulo, presente na Cidade Velha de Jerusalém, presenciou o momento, abrigando-se enquanto alertas soavam por toda a cidade e o céu noturno se iluminava com o brilho de foguetes sendo interceptados pelo Domo de Ferro, uma das camadas de defesa aérea de Israel.
Pessoas nas ruas filmavam as luzes com os celulares e corriam para comércios próximos.
Jerusalém não costuma ser uma cidade atacada por foguetes se comparada a outras localidades do país, em razão inclusive da presença de população de origem árabe e mesquitas importantes para o Islã. Forças de segurança patrulham a região da Cidade Velha.
O Irã iniciou um ataque contra Israel no começo da noite desta terça-feira, horas após os EUA alertarem que a ofensiva era iminente. Ao menos cem mísseis foram lançados contra o Estado judeu em resposta aos ataques contra o Hezbollah no sul do Líbano, segundo a imprensa local.
Explosões foram ouvidas também no vale do Rio Jordão, e jornalistas da agência de notícias Reuters viram mísseis sendo interceptados no espaço aéreo da vizinha Jordânia. Mais cedo, o Exército havia anunciado que qualquer ataque do Irã provavelmente seria generalizado e instruiu o público a se abrigar em salas seguras em caso de ataque.
O presidente dos EUA, Joe Biden, falou sobre o assunto na rede social X após uma reunião realizada com a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, e a equipe de segurança nacional da Casa Branca. “Discutimos como os EUA estão preparados para ajudar Israel a se defender contra esses ataques e proteger funcionários americanos na região”, afirmou.
Em abril, Teerã revidou a um ataque israelense contra a embaixada iraniana em Damasco lançando pela primeira vez na história uma ação militar contra o Estado judeu. Só que os 330 projéteis que voaram rumo a Tel Aviv e outros pontos foram quase todos abatidos.
O ataque poderia envolver mísseis balísticos, que viajam muitas vezes acima da velocidade do som, para dificultar sua interceptação: eles chegariam aos alvos em pouco mais de dez minutos. Na ação de abril, foram empregados mais drones e modelos de cruzeiros, todos subsônicos.