SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A lentidão no trânsito em São Paulo aumentou 6,2% nesta terça-feira (28) de acordo com dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Em dia de greve do Metrô e da CPTM, foram registrados 630 km de lentidão no trânsito da capital paulista, às 8h.
Na terça da semana passada (21), no mesmo horário, foram contabilizados 593 km.
O índice atual é bem parecido com o da terça (14) da semana retrasada, quando foram contabilizados 631 km de lentidão no mesmo horário.
Nesta segunda-feira (27), também às 8h, o trânsito na capital paulista tinha 478 km de lentidão.
Na greve unificada ocorrida no último dia em 3 de outubro, foram registrados 598 km de congestionamento, às 8h. Na comparação, a de hoje gerou 32 km a mais de lentidão no trânsito.
O rodízio municipal de veículos foi suspenso pela prefeitura nesta terça em razão da greve.
Às 8h, a zona leste registrava 191 km de lentidão, a zona sul 188 km, a oeste 115 km, a norte apresentava 83 km, e a região central contabilizava 42 km, segundo a CET.
A paralisação reúne diferentes pautas e conta com trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado), professores da rede pública e de servidores da Fundação Casa.
A greve não afeta as linhas privatizadas do metrô (4-amarela e 5-lilás) e de trens metropolitanos (8-diamante e 9-esmeralda). No início da manhã, as linhas 1-azul, 2.verde e 3-vermelha operavam parcialmente. A linha 15-prata estava parada.
Na segunda-feira (27), a Justiça do Trabalho determinou que funcionários do Metrô trabalhem com 80% da capacidade total nos horários de pico desta terça, dia da greve unificada de várias categorias de funcionários públicos estaduais contra planos de privatização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Entre as pautas da nova paralisação unificada está novamente a privatização da Sabesp e de outros setores, como no transporte sobre trilhos.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou na manhã desta terça que a greve é ilegal.
“Essa situação que a gente está vivendo hoje na cidade de São Paulo, mais uma vez, pela terceira vez só esse ano, desse ato ilegal de um sindicato que insiste, inclusive, em não cumprir as determinações judiciais. A população de São Paulo refém, as pessoas querendo trabalhar, infelizmente, mais uma vez, nessa situação”, disse.