RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O Rock in Rio tem clima familiar neste domingo (15), dia das atrações de rock. Apesar das roupas pretas e fortes maquiagens, pais, mães e filhos deitam no gramado artificial da Cidade do Rock e interagem como em um piquenique.
O line-up formado por bandas de diferentes gerações, como o Deep Purple que lançou o primeiro disco em 1968 e o Evanescence cujo álbum de estreia é de 2003 misturou gerações e faixas etárias. A escolha das bandas permitiu ainda o reencontro de antigos roqueiros com o próprio Rock in Rio, quase 40 anos depois da primeira edição, em 1985.
Hedilamar Freze, 59, tinha 19 anos quando sujou os pés para assistir ao show do Queen na primeira edição do Rock in Rio. Neste domingo, mais confortável, foi ao festival com dois sobrinhos adolescentes, o cunhado e a irmã, que tinha 8 anos em 1985 e não pôde ir.
“Eu fazia faculdade de história da arte e vim com os colegas de turma em 1985. Passamos o perrengue da lama. Transporte quase não tinha, comida era pouca, bebida era pouca, vinha-se com a cara e a coragem. Mas a energia não muda”, diz.
Eucyr Moreira, 60, reencontrou o festival duas décadas depois da sua estreia no festival. Em 2001, ano da terceira edição, esteve na antiga Cidade do Rock, um outro terreno na Barra da Tijuca, para assistir ao Iron Maiden.
Neste domingo, esteve na Cidade do Rock com uma camiseta com a frase “Eu curto rock com meu filho”. O filho vestia a estampa “Eu curto rock com meu pai”.
“Eu vim pelo Deep Purple, meu filho curte Evanescence. Essa troca entre gerações é a coisa mais legal do dia de hoje”, afirma.