RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma ter identificado 34 suspeitos de incêndios criminosos no estado, sendo que nove já foram indiciados e outros cinco, presos.
A operação, batizada de Curupira, ocorreu após diversos focos de incêndios em parques estaduais. A polícia, contudo, diz não ver relação entre os casos.
“É importante destacar que, até o momento, não se verificou o mínimo de informação que indique uma ação orquestrada, as motivações decorrem de fatos locais, sem nenhuma relação entre si” afirmou o delegado André Prates, titular da DPMA (Delegacia de Polícia do Meio Ambiente).
Uma dessas prisões ocorreu em Valença, no interior fluminense, na quarta (18). Um homem de 61 anos foi filmado ateando fogo a um mato. As chamas se alastraram e destruíram 1.443 hectares da floresta da Serra da Beleza. Ele é apontado como o maior incendiário no estado.
Aos investigadores o homem teria afirmado que ateou fogo após uma discussão com o dono de uma fazenda. Ele teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia.
A DPMA e as delegacias distritais do interior realizaram diligências para apurar quais incêndios eram criminosos e quem seriam seus autores. Na segunda (16), os agentes foram à Região Serrana para reprimir ações incendiárias em Petrópolis e Itaipava. Perícias criminais foram feitas em três pontos de início das chamas.
Os policiais identificaram um adolescente, que compareceu à delegacia acompanhado de um responsável. O menor admitiu ter ocasionado o fogo que devastou grandes áreas de vegetação nos distritos de Pedro do Rio e Secretário.
As diligências da Operação Curupira continuam.
“O custo para recuperar esses ecossistemas é incalculável, por conta das vidas que se perderam. Não temos, por exemplo, como colocar preço na vida de um animal silvestre. Isso sem falar no prejuízo com a emissão de créditos de carbono, tão importantes para o nosso estado. Nossas ações estão sendo assertivas no combate a esse tipo de crime”, disse o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
O governo do estado afirma que, entre quinta (12) e segunda (16), controlou 1.280 incêndios florestais. Uma força-tarefa foi criada para combater as chamas.