RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O Ministério Público do Rio de Janeiro realiza nesta quinta (26) uma operação contra 17 policiais militares suspeitos de envolvimento com a milícia da zona oeste da cidade. Entre os alvos de busca e apreensão está um coronel da corporação.
A denúncia encontra-se, por enquanto, sob sigilo e faz parte da segunda fase da Operação Naufrágio. O grupo foi denunciado por associação criminosa, extorsão, comércio ilegal de armas e corrupção passiva.
Segundo os investigadores, os policiais eram informantes de uma milícia que atua na comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, Jacarepaguá. A ação conta com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, além do setor de inteligência da Polícia Civil.
Em nota, a Promotoria afirma que os policiais forneciam informações privilegiadas à milícia da zona oeste, vendiam armas e munições e atuavam até como motoristas dos milicianos em deslocamentos pelas comunidades Bateau Mouche, Barão, São José Operário, Campinho, Fubá, Chacrinha e Quiririm.
A denúncia inclui diálogos em que milicianos instruem os policiais sobre locais para operações e trajetos a serem evitados. Em outra conversa, um policial confirma que avisará com antecedência sobre qualquer operação.
Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços residenciais, além de batalhões como 41º BPM (Colégio), 40º BPM (Campo Grande), 9º BPM (Honório Gurgel), 5º BPM (Gamboa), 18º BPM (Freguesia), 15º BPM (Duque de Caxias), 20º BPM (Mesquita) e BPCHOQUE.