Presidente do Iema, Alaimar Fiuza atende à convocação da CPI sobre a qualidade do ar

Foto: Vitor Junquilho/Câmara Municipal de Vitória

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vitória que investiga a qualidade do ar em Vitória realizou sua sétima reunião sob a presidência do vereador Leonardo Monjardim (Novo) para obter esclarecimentos relativos à responsabilidade do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema-ES) na fiscalização da poluição de pó preto. Como o diretor já havia assumido um outro compromisso para a tarde desta segunda-feira (15/04), a reunião foi bastante objetiva, e Alaimar respondeu a todas as questões que lhe foram dirigidas. Ele também se comprometeu a encaminhar aos membros do CPI documentos e informações técnicas que foram requisitadas ao longo da oitiva (inquérito).

Experiência 

Alaimar Ribeiro Rodrigues Fiuza é engenheiro mecânico, tem formação em Direito, pós-graduou-se em TI pela USP e, recentemente, finalizou, também na USP, um curso de sustentabilidade. Profissionalmente, trabalhou por 30 anos numa mineradora (atual Vale, antiga CVRD), onde exerceu várias funções. Em 2018, desligou-se da empresa e pouco depois foi convidado pelo governador Casagrande para assumir o Iema. Inicialmente o diretor-presidente desculpou-se por sua ausência na semana anterior por tratar-se de um convite e porque ele tinha compromissos pré-agendados que não pôde adiar. No início da reunião, que foi conduzida pelo vereador presidente, o relator Duda Brasil (União) e o vice-presidente André Moreira, Alaimar declarou que estava ciente de que mentir para uma CPI é um crime punível por Lei. Dito isso, a reunião foi diretamente voltada para a obtenção de informações que três servidores do Iema, anteriormente ouvidos pela CPI, não puderam esclarecer, por serem informações relativas à presidência do Instituto.

Variações 

Ao contrário da percepção popular e das razões que justificaram a instalação da CPI que investiga a qualidade do ar, o presidente do Iema, provocado pelo vereador André Moreira, advogou que a poluição de partículas tem por característica uma variação entre as estações quentes e secas e as mais frias e chuvosas. “É uma análise estreita dizer que a qualidade do ar piorou”, acredita Alaimar. “Existem estudos de que apoiam esta tendência, mesmo considerando as variações normais. O que houve neste verão foi uma condição atípica”, pontuou. O vereador André Moreira pediu ao presidente do Iema que encaminhasse para a CPI todos os estudos e documentos citados e que apontam para uma tendência de melhoria na qualidade do ar. Outro tema bastante citado foi a eficácia da qualidade tecnológica utilizada para medir e fiscalizar a poluição das empresas do Complexo de Tubarão. Alaimar refutou a hipótese. “Procuramos nos manter atualizadas, e recentemente avaliamos a proposta de duas empresas: uma capixaba e outra Francesa, mas, na prática, consideramos a atual mais eficiente. Mesmo assim, mantemos um edital aberto para a convocação de empresas que desenvolvam novas tecnologias mais avançadas e mais eficientes que a atual”, ressaltou. Veja a reunião na íntegra aqui.

A CPI que investiga a qualidade do ar em Vitória é presidida pelo vereador Leonardo Monjardim (Novo), e composta pelos vereadores André Moreira (Psol – vice-presidente), o relator Duda Brasil (União Brasil), Davi Esmael (Republicanos) e Vinicius Simões (PSB).

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