SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro recuperaram nesta terça-feira (26) uma obra de arte que pertencia à socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, que teria sido mantida em cárcere privado pelo ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro.
A imagem sacra, avaliada em R$ 250 mil, foi apreendida durante a Operação Dama de Ouros, realizada para cumprir mandado de prisão preventiva contra o ex-motorista. Ele não foi localizado, mas as buscas continuam.
Segundo a Polícia Civil, o homem é acusado de tentativa de feminicídio, cárcere privado, violência psicológica e furto.
De acordo com a 12ª Delegacia de Polícia, responsável pelo caso, em dezembro de 2021 a vítima foi levada a um hospital com uma lesão na cabeça, passou por cirurgia e teve alta apenas em janeiro de 2022, sem que a família fosse comunicada.
A Justiça determinou que uma mansão de Regina em São Conrado, na zona sul, que era administrada pelo suspeito, seja desocupada. Policiais fizeram buscas neste imóvel e em apartamentos.
O ex-motorista e outros investigados estão proibidos de se aproximar da socialite ou de fazer qualquer tipo de contato.
A defesa do ex-motorista, que é considerado foragido, não se pronunciou nesta terça.
A vítima é viúva e herdeira de um empresário fabricante de cartas de baralho. Familiares da mulher acusam o ex-motorista de tê-la mantido isolada em casa durante dez anos, sem contato com amigos e parentes.
A investigação policial começou em novembro de 2023. Foram ouvidos depoimentos e analisados laudos e boletins de atendimento médico relativos ao período em que Regina viveu com José Marcos no apartamento dela no edifício Chopin, em Copacabana, zona sul do Rio.
Vizinho do Copacabana Palace, o Chopin é conhecido como prédio de artistas e socialites como Gilberto Gil, Narcisa Tamborindeguy e Maitê Proença, que durante anos teve um apartamento no local.