SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) disse em uma rede social que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) não tem “coragem” para debater os problemas da cidade após o candidato à reeleição desistir de participar do debate UOL/Folha/Rede TV!, marcado para esta quinta-feira (17).
“Nunes não tem coragem para debater sua responsabilidade sobre os problemas que vivemos em São Paulo”, afirmou o candidato do PSOL no X, antigo Twitter.
Nunes justificou a desistência ao afirmar que terá uma reunião com o governador de São Paulo. A equipe de comunicação da campanha do prefeito informou por mensagem, no começo da madrugada desta quinta-feira (17), que ele não compareceria ao confronto em razão de uma reunião extraordinária agendada por Tarcísio de Freitas (Republicanos).
As campanhas de Nunes e Boulos haviam confirmado a participação. Elas assinaram o compromisso de atender às regras do encontro, que teria duração de duas horas.
Nunes não tem coragem para debater sua responsabilidade sobre os problemas que vivemos em São Paulo. pic.twitter.com/gF0q8BBbwL
O QUE DISSE A CAMPANHA DE NUNES
“A campanha de Ricardo Nunes informou a ausência no evento desta quinta-feira (17) e solicita a compreensão dos organizadores, do candidato adversário e do público.
Desde a tempestade de sexta-feira passada, foram desmarcados diversos compromissos da campanha à reeleição, dando prioridade às urgências da Prefeitura. Por esse motivo o emedebista não poderá comparecer nesta quinta-feira (17) ao debate pela Prefeitura de São Paulo promovido pelo UOL/Folha/RedeTV!”, diz mensagem enviada por WhatsApp pela campanha de Nunes.
BOULOS SERÁ SABATINADO
Boulos será entrevistado sozinho durante 60 minutos. Diante da desistência de Nunes em cima da hora, o psolista será sabatinado no mesmo horário previsto para o debate, o que consta nas regras estabelecidas para a realização do evento e assinadas pelos representantes das campanhas.
As mediadoras esclarecerão ao público que Nunes foi convidado, mas declinou. O púlpito do candidato do MDB será removido do estúdio.
APAGÃO EM SÃO PAULO DOMINOU 1º DEBATE
Nunes e Boulos trocaram acusações e atacaram a Enel no primeiro debate do segundo turno. O encontro realizado pela Band na última segunda (14) foi marcado pelo apagão na cidade e por alfinetadas entre os adversários, que chegaram a ensaiar um abraço. O tema dominou quase 30 minutos do primeiro bloco.
Boulos cobrou Nunes por ações da prefeitura durante o apagão, mas prefeito respondeu que trabalhou dia e noite. Ambos defenderam a saída da Enel, que em último boletim disse que 74 mil imóveis seguem sem energia desde a sexta-feira (11).
Multada em R$ 100 mil por hora se não cumprida a ordem judicial e sem limite de valores. A Justiça deu um prazo de 24 horas para a Enel reestabelecer a energia de todos os imóveis atingidos pelo apagão em São Paulo.
ATÉ 200 MM DE CHUVA NO FIM DE SEMANA
A Defesa Civil emitiu alerta para chuvas de até 200 mm no próximo fim de semana no estado de São Paulo. Previsão mostra que estado deve ser atingido por rajadas de vento de até 60 km/h. O órgão notificou as concessionárias de energia elétrica em operação no estado, entre elas, a Enel, sobre o temporal previsto para este fim de semana.
MAIS DE 2 MILHÕES FICARAM SEM LUZ
Chuva e vendaval atingiram a Grande São Paulo na noite da última sexta (11). Conforme a Enel, as regiões oeste e sul da capital foram as mais atingidas, além de municípios da Grande São Paulo. Mais de 2 milhões de clientes ficaram às escuras na ocasião. O número corresponde a pontos de instalação, o que significa que o número de afetados pode ser bem maior, uma vez que em cada casa podem morar diversas pessoas.
A Enel diz que trechos inteiros da rede foram danificados. Segundo a distribuidora, será preciso reconstruir, trocar postes, transformadores e outros equipamentos.
Distribuidora deixou de investir R$ 602 milhões que estavam previstos para São Paulo. Segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo nesta segunda (14), uma vistoria realizada pelo Ministério Público mostra que a Enel deixou de investir em sua infraestrutura, conforme previsto em planejamento.