Mato Grosso tem se destacado no cenário da mineração sustentável, com um crescimento expressivo nos últimos dez anos. O valor da produção mineral estadual disparou de R$ 500 milhões para R$ 7 bilhões, impulsionado por uma governança comprometida com práticas ambientalmente responsáveis e um diálogo cada vez mais forte com a sociedade.
Durante a palestra “Comunicação e Mineração”, realizada em 25 de outubro e promovida pelo Grupo de Trabalho de Mineração da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Max Russi (PSB) e a advogada Pâmela Alegria, organizadora da 2ª Expominério, reforçaram a importância de divulgar as práticas sustentáveis do setor. O evento abordou a relevância do setor mineral para a economia de Mato Grosso, desmistificando percepções negativas e promovendo uma mineração responsável, com benefícios para o PIB, geração de empregos e desenvolvimento regional.
“A atividade minerária que segue as normas ambientais é fundamental para o estado e não pode ser vista negativamente. Precisamos combater a extração ilegal, mas valorizar a mineração legal, que contribui com mais de 4% do PIB estadual”, afirmou o deputado Max Russi, que lidera o GT de Mineração e apoia a Expominério desde sua criação. A segunda edição do evento, que ocorrerá de 7 a 9 de novembro de 2024 no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, discutirá o papel da mineração para a economia, políticas públicas e a distinção entre atividades legais e ilegais.
Além de empresários e especialistas, o evento terá como foco a promoção de uma comunicação objetiva entre o setor e a sociedade, destacando os avanços tecnológicos e ambientais da mineração sustentável. “Queremos mostrar que a mineração responsável é crucial para o desenvolvimento do estado e do país. Separar a atividade profissional da extração ilegal é um passo importante para demonstrar os benefícios econômicos e sociais da mineração”, destacou Pâmela Alegria.
Investimento em sustentabilidade e governança
A Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), apoiadora do evento, colabora ativamente para fomentar a mineração sustentável, especialmente entre pequenos mineradores, garantindo práticas de baixo impacto ambiental e apoio a cooperativas como a Coogavepe (Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto). Com mais de sete mil cooperados, a Coogavepe foca em projetos de legalização e recuperação ambiental, direcionando áreas mineradas para agricultura, pecuária e reflorestamento, em cumprimento às exigências de licenciamento ambiental. Gilson Camboim, presidente da cooperativa, enfatizou a importância da legalização e da transparência fiscal: “Nossa comercialização de ouro é feita exclusivamente por empresas autorizadas, com impostos retidos na fonte, reafirmando nosso compromisso com a legalidade”.
O uso de tecnologia de monitoramento por satélites, como o sistema Planet, gerido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), tem permitido a Mato Grosso monitorar e assegurar práticas ambientais em tempo real na mineração e no agronegócio. Humberto Paiva de Oliveira, da Metamat, destacou que a governança ambiental estadual tem sido um atrativo para investidores, que buscam segurança e sustentabilidade.
Educação e responsabilidade social
O evento Expominério 2024 também investirá em projetos educativos, como o Educa Mineração, que visa conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância da mineração em dispositivos tecnológicos, água mineral e infraestrutura, demonstrando o papel fundamental do setor na vida cotidiana.
Com o patrocínio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e de diversas empresas de destaque no setor mineral, a Expominério reforça a visão de Mato Grosso como referência em mineração sustentável no Brasil, atraindo investimentos e incentivando o desenvolvimento econômico responsável para o futuro do estado.