Marina Helena cita semelhanças com Marçal, mas nega relação, e fala em educação sexual sem ativismo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Marina Helena (Novo) afirmou em sabatina realizada por Folha de S.Paulo e UOL, nesta quarta-feira (18), que tem alguns pontos de semelhança com Pablo Marçal (PRTB), mas ressaltou agir de modo diferente do autodenominado ex-coach.

“Vocês o tempo inteiro tentam me colocar ao lado do Pablo Marçal. Os dois realmente vêm de fora do sistema, não têm um passado na política, os dois falam contra a esquerda, isso nós temos em comum. A forma como nós agimos não é a mesma e eu não tenho nenhum relacionamento com ele”, disse ela na entrevista.

Pouco antes, Marina Helena havia defendido que José Luiz Datena (PSDB) se retire da eleição após ter dado uma cadeirada em Marçal durante o debate do domingo (15).

Questionada sobre Marçal também ter que deixar a corrida por causa de seu comportamento provocativo, a candidata afirmou que “não pode colocar na mesma régua um ataque verbal e um ataque físico”.

Ela defendeu propostas como regularização fundiária na periferia, redução da tarifa de ônibus fora do horário de pico e transparência total em relação aos contratos da prefeitura.

Mas, apesar de militar pela transparência e acesso a dados, não forneceu detalhes sobre a acusação feita por ela, no debate desta terça-feira (17), de que Tabata Amaral (PSB) utilizou jatinhos particulares para visitar seu namorado, o prefeito do Recife, João Campos (PSB). A deputada afirma nunca ter feito essas viagens.

Questionada pelos jornalistas, Marina Helena afirmou que teve a informação detalhada por três fontes, mas não respondeu, por exemplo, quais seriam as datas desses voos.

Marina Helena afirmou que sua principal proposta na área de zeladoria e urbanismo é a regularização fundiária na periferia. “Isso é importante para desenvolver essas regiões. O que eu estou trazendo aqui não é um sonho, mas a prática do que deu certo”, disse a candidata, se referindo à distribuição de títulos pela Prefeitura de Joinville, administrada pelo Novo.

Ela também foi questionada sobre a proposta “Bairro no Capricho”, que dá um desconto no IPTU para que moradores e comerciantes se organizem para administrar e melhorar a zeladoria na sua região.

“É um desconto, mas eles têm que comprovar o que está sendo feito nesse dinheiro. Eu acho que o setor público muitas vezes é incompetente, custa mais caro, e o cidadão muitas vezes consegue fazer”, disse Marina Helena.

Em relação à moradia, Marina Helena prometeu dobrar o aluguel social, que é de R$ 400. Segundo ela, programas sociais como Minha Casa, Minha Vida acabaram expulsando a população do centro ao concentrar os empreendimentos na periferia.

A mediação das entrevistas foi de Fabíola Cidral, ao lado dos jornalistas Raquel Landim, do UOL, e Fábio Haddad, editor de Cotidiano da Folha de S.Paulo.

Além de Marina, outros postulantes foram convidados. A Folha de S.Paulo e o UOL têm feito uma série de sabatinas com candidatos de todo o país. O ciclo de entrevistas foi iniciado em 10 de junho com os postulantes de Belo Horizonte e está sendo feito também em outras 17 cidades.

Além disso, Folha e UOL promoverão um debate com os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo. O encontro no primeiro turno será em 30 de setembro, às 10h. Caso haja segundo turno, haverá outro em 21 de outubro, também às 10h.

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