SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O nível de água abaixo do comum levou à formação de uma ilha em um dos lagos do Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. A porção de terra está rodeada por água verde, também observada nesta semana no Rio Pinheiros.
A combinação de nutrientes abundantes, altas temperaturas e falta de chuvas favoreceu o florescimento de algas que mudam a coloração da água, segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, vinculada à Prefeitura de São Paulo.
A pasta informou que a bomba da fonte, que ajuda na circulação e na melhora da qualidade da água, não está funcionando. “O nível mais baixo do que o habitual impede o funcionamento do sistema de bombeamento”, diz a nota.
A estiagem e o tempo seco contribuíram ainda, segundo a secretaria, para o fenômeno conhecido como eutrofização em partes do lago –processo de poluição que leva a níveis baixíssimos de oxigênio dissolvido na água e pode provocar a morte de espécies animais e vegetais.
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente afirma que está acompanhando a situação do lago junto com a Urbia, concessionária que administra o parque desde 2019.
A sucessão de dias quentes e secos continua ao menos até novembro, com mais calor e menos chuva do que a média em São Paulo, de acordo com prognóstico sobre a primavera elaborado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pela Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia).
Procurada para comentar o caso, a Urbia não havia respondido à reportagem até a publicação deste texto.