BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse nesta terça-feira (24), em reunião com investidores em Nova York, que as queimadas no Brasil reforçam a necessidade de fundo para conservação das florestas.
O governo brasileiro está desenhando essa proposta de fundo no âmbito do G20. A ideia é que grandes investidores apliquem dinheiro após países ricos entrarem com recursos, e os países em desenvolvimento detentores de florestas sejam remunerados a partir de um percentual da taxa.
“Não, não houve questionamento [sobre as queimadas por parte dos investidores]. Pelo contrário, o que aconteceu lá reforça a necessidade de um fundo de preservação, que hoje o mundo não dispõe. E não é particular do Brasil”, disse a jornalistas, após o encontro.
Questionado se ele teria argumentado isso aos investidores, Haddad disse que “claro”. “Porque, para além da questão do incêndio criminoso, você tem o problema da seca, que é real. O crime só agrava a situação. Então eles têm a consciência de que é um problema realmente ambiental”, completou.
O ministro reuniu-se nesta manhã com investidores no Plaza Hotel. Segundo integrantes do governo, a ideia desse tipo de rodada de conversas com empresários é explicar o projeto do fundo, coletar sugestões e avaliar o grau de interesse –que, nesta manhã, foi positivo, disseram.
O primeiro passo é captar recursos dos países ricos. Depois, entram os investidores. Inicialmente, Marina Silva (Meio Ambiente) participaria deste encontro, mas teve de reorganizar agenda após encurtamento da viagem por causa das queimadas.