CARAGUATATUBA, SP (FOLHAPRESS) – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende duplicar o trecho urbano da rodovia Rio-Santos, entre Caraguatatuba e Ubatuba, no litoral norte de São Paulo.
O trecho duplicado fica entre as praias de Massaguaçu, em Caraguatatuba, e Grande, em Ubatuba. A nova pista deve ter 44 km e um túnel de 3,5 km, na altura da praia Grande único trecho fora da orla.
O estudo de viabilidade do projeto, encomendado pelo governo paulista à Concessionária Tamoios, responsável pela rodovia dos Tamoios, será entregue até o fim do ano. Se aprovado, a estimativa é que sejam cinco anos de obras.
O projeto foi apresentado na manhã desta segunda-feira (18) durante evento de inauguração do contorno sul da rodovia dos Tamoios, estrada de 22,7 km que ligará Caraguatatuba a São Sebastião, sem que o motorista precise passar pelo trecho urbano da SP 055.
De acordo com o governador, a obra será feita por meio de uma PPP (parceria público-privada) com a concessionária Tamoios e deverá custar R$ 3 bilhões. Não foi informado se haverá cobrança de pedágio.
Segundo ele, há previsão de verba para início do projeto no Orçamento de 2025, por meio de transposição de recursos do próprio contorno sul, que ficou pronto. Mais cedo, o secretário Benini afirmou à reportagem que o governo ainda vai atrás da fonte de financiamento da obra.
Conforme o governo, a pista será 100% duplicada na faixa litorânea do trecho, com exceção da região do futuro túnel.
“Vai fazer a diferença para o litoral norte de São Paulo, que é o mais bonito do Brasil”, afirmou Tarcísio.
O trecho duplicado passará pela praia de Maranduba e pelo Saco da Ribeira, onde fica a principal marina de Ubatuba. A nova pista também contará com ciclovias, passarelas para travessia de pedestres, estacionamento e quiosques entre uma pista e outra.
À Folha, o secretário Rafael Benini, titular da pasta de Parcerias e Investimentos, afirmou que a ideia é iniciar a obra no fim de 2025.
O secretário diz que, com exceção do túnel, a obra será toda no leito da rodovia atual, por isso o governo não prevê dificuldade para obter licença ambiental.
“Há apenas um trecho para desapropriação”, disse.
Atualmente, a Rio-Santos tem trechos administrados pela União, governo do Estado e iniciativa privada.