Em novembro de 2020, o então ministro da Economia do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes, anunciou que estava estudando a implantação de um tributo sobre cada transação do Pix, o sistema de pagamento instantâneo brasileiro. A primeira vez que ele falou sobre essa intenção foi em uma videoconferência promovida pelo Bradesco, no dia 19 de novembro de 2020, cinco dias após o 1º turno das eleições municipais.
Segundo o que Guedes disse naquela ocasião, essa cobrança seria feita a partir da criação de um imposto sobre transações. O ex-ministro comparou as transações digitais a uma “rodovia com pedágios” e que “o tráfego nessa estrada” deve ser cobrado.
Alíquotas
“As operações feitas no Pix devem ser tributadas com alíquotas baixas, que poderiam ser entre 0,10% e 0,15% – estudos iniciais do próprio ministério previam 0,20%. ”, disse Guedes na videoconferência do Bradesco. Após a revelação do intento de criar o Imposto sobre o Pix, Guedes deu várias entrevistas à imprensa sobre o tema.
Entre essas, uma entrevista ao vivo para à rede de TV Band: ”A Ideia (é) de tributar, não só consumo e renda, mas também transações. Era uma ideia que nós consideramos desde o início, nunca foi a CPMF. Você nem vai passar mais em banco. Você vai pegar o seu celular encostado do outro cara e transferir o dinheiro do outro. Então como é que você vai tributar essa transação? Tem que ter um imposto que tribute uma transação digital, então nós estamos procurando”, afirmou o ex-ministro.
A revelação foi feita ainda em 2020 pelo ex-ministro da Economia, Paulo Guedes