RIO – Sete anos após a publicação do último livro da saga “Harry Potter”, J.K. Rowling admitiu pela primeira vez que Hermione deveria ter terminado a história com Harry, e não com Rony. A escritora falou sobre o final da série em uma rara entrevista à revista “Wonderland Magazine”, que só chega às bancas no dia 7 de fevereiro, mas o jornal britânico “The Sunday Times” divulgou trechos da conversa neste domingo.
“Eu escrevi a relação do Rony com a Hermione como uma forma de realização de um desejo pessoal. Por razões que têm pouco a ver com literatura e muito mais com o apego à trama que imaginei inicialmente”, explicou a autora. “Eu peço desculpas, posso ouvir a ira e fúria que essa declaração pode causar em alguns fãs, mas estou sendo honesta. A distância me deu uma perspectiva maior sobre isso, foi uma escolha que fiz por motivos pessoais, não por credibilidade”.
Rowling declarou, ainda, acreditar que Rony e Hermione, que se casaram e tiveram dois filhos, poderiam precisar fazer terapia de casal no futuro. No desfecho do último livro da saga, “Harry Potter e as relíquias da morte”, a escritora apresenta Harry casado com Gina Weasley, a irmã mais nova de Rony – trama que ela foi desenvolvendo ao longo da história.
Essa não é a primeira vez que a autora surpreende os fãs do best-seller, ao fazer um pronunciamento sobre os personagens fora das páginas dos livros. Em 2007, ao falar para uma plateia em Nova York, ela disse que sempre imaginou Alvo Dumbledore – o diretor da escola de magia e bruxaria de Hogwarts – como sendo gay.