BAKU – Um ativista dos direitos dos homossexuais no Azerbaijão, de 20 anos, suicidou-se na quarta-feira depois de escrever que não podia seguir vivendo “neste país e neste mundo”, anunciou nesta quinta-feira a polícia local. Isa Shakhmarli, presidente da associação Azerbaijão Free LGBT, em defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, com sede em Baku, foi encontrado morto depois de ter se enforcado com uma bandeira com as cores do movimento LGBT.
– Recebemos um telefonema de seus parentes nos informando do suicídio – declarou um porta-voz da polícia de Baku, informando que uma investigação foi aberta.
Antes de se suicidar, o jovem enviou uma mensagem aos seus amigos no Facebook que dizia:
“Vou embora. Perdoem-me por tudo. Este país e este mundo não são para mim. Este mundo não é colorido o suficiente para as minhas cores (…) Todos são responsáveis pela minha morte”.
De acordo com um amigo do ativista, sua família não aceitava bem sua homossexualidade. A homofobia é generalizada nesta ex-república soviética e os homossexuais declaram frequentemente ser vítimas de ataques e perseguições.