Entre geração de emprego e demissão, ES foi o único estado a ter saldo negativo

Apenas o Espírito Santo teve saldo negativo de 1.029 vagas contabilizadas entre janeiro e julho deste ano pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Segundo o detalhamento do Painel de Informações, nos primeiros sete meses deste ano foram contratados 48.876 trabalhadores, com a quantidade de demissões ficando em 49.905.

A divulgação foi feita nesta última quarta-feira (28) pelo MTE. Segundo o Painel de Informações do Novo Caged, os números analisados nacionalmente apontaram que o Estado foi o único no período analisado onde as demissões superaram as admissões.  A quantidade de empregos formais, no Espírito Santo, fechou o período com 903.245 postos de trabalho ativos.

Agropecuária

Segundo o Painel de Informações do Novo Caged, o setor que mais desempregou no Espírito Santo, entre janeiro e julho, foi a agropecuária. Foram demitidos nesse segmento da economia 5.557 trabalhadores, enquanto no mesmo período esse setor econômico admitiu 1.645 novos funcionários. A agropecuária emprega formalmente, de acordo com os dados do MTE, 33.706 pessoas.

Os demais setores tiveram saldo positivo, empregando mais do que demitindo. Esse foi o caso da indústria do Espírito Santo, que demitiu 7.947 trabalhadores e contratou 8.675 funcionários nos mesmos sete meses. A construção civil também teve saldo positivo de 1.011 postos de trabalho, seguido do comércio (234), serviços (910) e “não identificados”, que também entre a diferença de demissão e admissão foi positiva em 910 novos empregos.

No Brasil

Na média do Brasil, em nota, o MTE assinalou que mercado formal brasileiro apresentou em julho um saldo de 188.021 postos de trabalho, variação relativa de 0,40%, acumulando no ano um saldo de 1.492.214 postos de trabalho com carteira assinada.

“É um momento bom da economia. Precisamos falar da redução de juros. Controle de inflação não se faz só com restrição de crédito e aumento de juros. Precisamos falar em investimento e espero que o BC fale alguma coisa para controlar a inflação pela oferta e não pela restrição à demanda”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, durante a divulgação dos dados do Caged em coletiva de imprensa.

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