SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Anunciada por Israel nesta quinta-feira (17), a morte de Yahya Sinwar, chefe do Hamas e arquiteto dos ataques do 7 de Outubro, ocorre em um momento em que o Estado judeu coleciona sucessivas vitórias contra o grupo terrorista que jurou eliminar.
Entre julho e outubro deste ano, Tel Aviv praticamente eliminou a cúpula da facção palestina. Além de Sinwar (pronuncia-se “sinuár”), também foram assassinados no período os líderes das alas política e militar do Hamas, Ismail Haniyeh -a quem o “açougueiro de Khan Yunis”, como Sinwar era conhecido, sucedeu- e Mohammed Deif.
Antes disso, os braços direitos de ambos Deif e Haniyeh haviam sido mortos: Saleh al-Arouri, vice-chefe político, em janeiro, e Marwan Issa, vice-comandante, em março.
A morte de Haniyeh foi particularmente marcante devido às circunstâncias em que aconteceu. O líder foi assassinado em Teerã logo depois de participar da posse do novo presidente do país, Masoud Pezeshkian, tornando o envolvimento da nação persa na guerra incontornável -o país é o principal fiador do Hamas.
Outra facção apoiada pela república dos aiatolás, o libanês Hezbollah, também tem sofrido baixas significativas em seu alto escalão em razão de seu envolvimento no conflito, em apoio ao Hamas. Hassan Nasrallah, sacerdote xiita que comandou o grupo por 32 anos, foi morto no mês passado, em meio à intensificação da ofensiva israelense no Líbano.
Além dele, morreram em Beirute no mesmo mês Ibrahim Qabisi, chefe da unidade de mísseis da milícia, Ibrahim Aqil, chefe de sua força de elite, a unidade Radwan.