Em bloco Chá da Alice no RJ, meia arrastão segue como tendência

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O uso de meia-calça arrastão combinada com maiôs ou biquínis foi mais comum do que as próprias fantasias no megabloco Chá da Alice. Segundo a organização, o megabloco reuniu cerca de 40 mil pessoas no centro do Rio de Janeiro, neste domingo (2).

“A meia é uma questão de conforto e tem mais cara de carnaval, de fantasia”, afirmou Carla França, 39. Ela estava acompanhada da irmã, Fabiane, 43, que também aderiu ao acessório. “Acho que é uma forma de fantasia, além de nos fazer sentir menos expostas. Não parece que estamos tão peladas, e isso nos deixa mais à vontade. Combina com o carnaval”, acrescentou.

“Eu acho sexy”, disse Ana Catarina Botelho, que usava as meias, assim como duas amigas que a acompanhavam.

A enfermeira Jaqueline Guerra, 48, disse que sempre vem no carnaval há 30 anos, acompanhada do marido, Antonio Guerra, que opinou que a mulher estava “linha e maravilhosa”.

“Eu sempre usei, mas percebi que tem um monte usando também. Acho que é porque as cores mudaram, antigamente só tinha preto e branca. Hoje eu estou com azul. Você encontra com pedrinha, com a trama maior, trama menor. É bem cara do carnaval”, afirmou.

Neste ano, o Chá da Alice homenageou os 40 anos do axé, incorporando fantasias inspiradas no universo mágico de Alice no País das Maravilhas, referência central do bloco, originado a partir de uma festa criada em 2009.

“É um privilégio estar no Carnaval do Rio, onde sempre fomos recebidos com tanto carinho. Este ano tem um significado especial, pois trazemos o axé, um ritmo que representa nossa Bahia, nossa cultura e nossa essência. Comemoramos quatro décadas de uma história incrível, então vim espalhar esse dendê gostoso e distribuir um caldinho de sururu pela avenida”, declarou Mari Antunes, cantora da banda Babado Novo.

Compadre Washington, representando o É o Tchan, animou o público com Na Boquinha da Garrafa e outros hits marcantes do grupo. “É emocionante ver que o público carioca e brasileiro abraça o axé, que completa 40 anos. Fazer parte dessa comemoração ao lado do É o Tchan é uma alegria imensa”, afirmou o cantor.

O bloco também teve participação grupo Sambay, primeira roda de samba LGBTQIA+ do Brasil.

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