A Polícia Federal (PF) concluiu nesta quinta-feira (21) o inquérito que investigou uma organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin. O relatório final foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), com o indiciamento de 37 pessoas por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e formação de organização criminosa.
Entre os indiciados estão políticos, militares e figuras públicas que já começaram a se manifestar. Confira as respostas de alguns deles:
Jair Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou em publicação na rede social X que aguardará a análise de seu advogado sobre o indiciamento. Ele também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF:
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, escreveu.
Walter Souza Braga Netto
A defesa do general e ex-ministro declarou:
“Repudiamos a indevida difusão de informações relativas a inquéritos concedidas ’em primeira mão’ a determinados veículos de imprensa. Aguardaremos o recebimento oficial dos elementos para adotar um posicionamento formal.”
Augusto Heleno e Alexandre Ramagem
Ambos os ex-ministros optaram por não se manifestar no momento.
Anderson Torres
O ex-ministro da Justiça informou, por meio de sua defesa, que só se posicionará após análise completa do relatório.
Almir Garnier
O almirante reafirmou sua inocência. Segundo sua defesa, o acesso integral aos autos ainda não foi disponibilizado.
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
Residente nos Estados Unidos, Figueiredo Filho afirmou:
“Entendo esta acusação como parte de uma campanha de intimidação da ‘Gestapo de Moraes’ para silenciar meus esforços para conscientizar sobre a ditadura crescente no Brasil.”
Tércio Arnaud Tomaz e Marcelo Costa Câmara
Ambos defendidos pelo advogado Luiz Eduardo Kuntz, suas defesas argumentaram que os indiciamentos carecem de base concreta:
“Confiamos que o Ministério Público reconhecerá a ausência de elementos suficientes e evitará a denúncia baseada em especulações.”
O inquérito segue sob análise do STF, que decidirá sobre o prosseguimento das acusações. Continue acompanhando atualizações sobre este caso.