LONDRES, INGLATERRA (UOL/FOLHAPRESS) – O japonês Yuki Tsunoda viveu uma situação tensa e inusitada na sua chegada para o GP de Las Vegas, que será disputado neste final de semana, nos Estados Unidos. Ele ficou por “duas ou três horas” dando explicações para um agente de imigração que, pelo que contou o piloto da RB, não acreditou que ele era piloto da Fórmula 1.
O mais curioso da história é que Tsunoda entrou nos Estados Unidos há pouco mais de um mês para o GP de Austin, segundo ele, com o mesmo tipo de visto que estava usando desta vez. E também com o mesmo tipo de visto que tinha quando esteve em Miami para a corrida realizada em maio.
Perguntado se acreditava que o agente de imigração simplesmente não tinha acreditado na história de que ele seria piloto de Fórmula 1, Tsunoda respondeu: “Talvez. Eu estava de pijama, então talvez eu não parecesse um piloto de F1. “Tenho certeza de que ele sabia. Durante a conversa, ele até me perguntou o salário e tudo mais. É desconfortável, recebi muita pressão deles, eu não conseguia dizer nada.”
Tsunoda contou que, ao contrário de outras ocasiões, não estava viajando com o restante da equipe e, sim, apenas com seu fisioterapeuta. Ele teve que ir para os Estados Unidos antes do normal para participar de ações promocionais com a Red Bull
“‘Posso levar a pessoa com quem viajei?'”, perguntou Tsunoda. “‘Talvez ele possa ajudar um pouco a explicar um pouco mais sobre mim e a situação de que sou da Fórmula 1’. Mas eles não me deixaram. Não permitiram isso, que eu trouxesse aquele amigo – ou mesmo ligasse para alguém. Eu queria ligar para a equipe também, ou para a Fórmula 1, mas naquela sala, você não pode fazer nada.”
No final das contas, o piloto ficou sem saber por que teve a dor de cabeça na imigração. “Mas sim, quase fui mandado de volta para casa. Está tudo bem, então estou aqui agora. Não é a primeira vez que viemos aqui este ano. Escutei muitas coisas, mas espero que tudo fique bem no futuro – e sem problemas.”
A história pode parecer bastante estranha, mas tem se tornado comum na comunidade da Fórmula 1. Já houve várias deportações, principalmente desde que a categoria começou a correr mais que uma vez por ano por lá, a partir de 2022, quando estreou o GP de Miami.
O problema geralmente tem a ver com o tipo de visto usado e o tipo de atividade que cada um exerce. E também se o empregador está baseado ou não nos Estados Unidos. E várias pessoas que trabalham na Fórmula 1 julgavam que poderiam entrar somente com uma autorização de viagem – o chamado ESTA – quando na verdade precisavam de um visto específico.