Surgida no Espírito Santo há 20 anos, a Casa do Torresmo produz na Serra (ES) 15
toneladas desse petisco. São 11 lojas em regime de franquia, entre rottiserrias e
botequins, tanto no Estado quando em São `Paulo. Agora, a empresa se prepara
para inaugurar uma nova loja no Rio de Janeiro. A empresa reconhece que o
impulso veio com o recebimento do Selo de Qualidade, que foi dado pela Prefeitura
da Serra.
O proprietário da marca, Thiago Wandekoken disse que a empresa “é
genuinamente capixaba.” O idealizador da Casa do Torresmo foi o seu pai, João
Bosco Wandekoken, que foi quem abriu a primeiro loja em Jacaraípe, na Serra
(ES).”Depois abrimos em Jardim da Penha, em Vitória (ES), que devido ao sucesso,
em três meses, foi aberta outra loja na Praia da Costa, em Vila Velha (ES). Há uns
quatro anos foi iniciado o processo de franquia”, explicou.
São vários tipos desse quitute para o cliente combinar com uma cerveja bem gelada
ou uma cachaça artesanal de qualidade. Tem torrespoca (pururuca em formato de
pipoca), torresmo barriguinha (feito com muita carne) e o torresmo de rolo (que
mistura uma boa parte de carne com a pururuca e é cozido na brasa), o espetáculo
da casa.
Selo de Qualidade
O empresário conta que a Prefeitura da Serra (PMS) foi quem contribuiu com a
expansão, ao fornecer o o selo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), mais
conhecido como Selo de Qualidade. A entrega do Selo de Qualidade foi feita pelo
prefeito Sérgio Vidigal no último dia 7 de agosto. “
“Conseguimos o Selo de Inspeção com o pessoal da Prefeitura da Serra, que ajudou
bastante a gente. Agora, a gente está em busca do Selo estadual. Hoje o nosso
torresmo já é certificado com todas as normas sanitárias”, diz Thiago Wandekoken.
“Como eu tenho o Selo de Inspeção somente na Serra, só posso entrar em
supermercado da Serra, onde estamos em mais de 30 supermercados. Não posso
na Grande Vitória ainda”, completou.
‘Pé no chão’
O empresário disse que antes de entrar no mercado de franquia, estudou como
funciona esse tipo de mercado. Contou que analisou o caso específico de uma
grande franquia nacional e foi onde observou que, de cada 10 lojas abertas, quatro
encerram as atividades. Ele disse que a franquia Casa do Torresmo chegou a ter 15
lojas, mas quatro enceraram atividades devido à pandemia do Covid-19.ç
“Optamos por um crescimento mais devagar. Já tive a oportunidade de um grupo
grande, que trabalha com franquias, que quis trabalhar com a nossa. Mas temos a
questão da logística. Como eu entregaria um torresmo no Sul ou no Norte do País?
Estamos em um processo para que isso possa, em breve, acontecer. Por enquanto
só abrimos loja onde temos condição da nossa própria logística funcionar”, afirmou.
Fórmula 1
A fama do torresmo de qualidade da empresa do Espírito Santo chegou até aos
organizadores da Fórmula 1. “Hoje a gente tem contrato até com a Fórmula 1. Nós
somos o torresmo contratado para trabalhar lá dentro da Fórmula 1”, conta. Ele
conta que são 85 pessoas envolvidas em todo esse processo, da produção às
vendas.
Atualmente está ocorrendo uma migração no negócio, que deixa de ser exclusivo de
rotisseria. O empresário disse que além da rotisseria, o franqueado tem um mini
botequim dentro da loja dele. “Se pessoa quiser ir lá e tomar uma cervejinha, comer
o torresmo de uma forma bem tranquila, ela fica lá sem problema nenhum”, explicou.
Atendimento
Ele disse que 90% do atendimento é presencial, ficando os outros 10% para
atendimento, em algumas lojas, através do serviço de entrega pelo iFood. Mas, tem
projetos de expandir também para os pedidos feitos online, o que depende de um
“maior conhecimento, um now how da equipe que vai trabalhar com isso.”
A Casa do Torresmo tem os seguintes produtos: Torrespoca, que é conhecida pelas
crianças como biscoitinho de porco,para comer feito pipoca; Torresmo de rolo, que
possui pele pele dourada, crocante e carnudo, “com uma generosa gordurinha
saudável”; Torresmo Barriguinha, com uma porção farta de carne e o Bolinho de
linguiça, que é uma massa de linguiça artesanal.