Boletos do início do ano: dicas para quitar contas, organizar o orçamento e evitar juros altos

Início de ano costuma ser um período de férias e descanso para boa parte dos brasileiros. Porém, também é o momento em que diversos boletos e obrigações financeiras aparecem — como impostos, matrículas escolares e contas com vencimento próximo. Para não começar 2025 no vermelho, é fundamental se planejar, priorizar o que deve ser pago primeiro e aproveitar possíveis descontos.

Cartão de crédito: prioridade máxima

De acordo com a planejadora financeira Mariana Rocha, o cartão de crédito precisa estar no topo da lista de pagamentos. Apesar de regulamentações recentes, ainda existe o risco de encarar taxas de juros que podem chegar a quase 500% ao ano.

“É muito comum em dezembro exagerarmos nas compras, mas o cartão de crédito não deve ser usado como gasto extra além da renda. Pagar só o mínimo é um ‘veneno’, pois os juros incidem mês a mês sobre o valor não pago, até a quitação total”, alerta a especialista.

Impostos de início de ano: IPTU e IPVA

Em muitos estados, IPTU e IPVA são cobrados já no começo do ano. No caso do Distrito Federal, por exemplo, o pagamento único do IPTU em fevereiro costuma ter desconto, e o parcelamento pode ser feito em até cinco vezes sem juros.

“Se você tem uma reserva financeira e consegue arcar com o valor integral sem comprometer o orçamento, pagar de uma só vez pode render bons descontos. Do contrário, divida sem culpa, pois não há juros para o parcelamento do IPTU em até cinco parcelas. Já o IPVA pode chegar a seis vezes sem juros, mas também oferece desconto para quem paga à vista”, explica Mariana.

Matrícula e material escolar: negocie antes de fechar

Outro gasto relevante no início do ano é a matrícula de escolas particulares, seguida pela compra de material didático e uniformes. Mariana aconselha a negociação das mensalidades e a busca de boas condições:

“Muitas escolas permitem diluir o valor da matrícula ao longo do ano. Além disso, livros e uniformes podem ser adquiridos de colegas que já concluíram aquela série. Assim, é possível economizar entre 40% e 60% no material”, sugere.

Como organizar as contas obrigatórias

Para evitar atrasos ou juros abusivos, coloque tudo no papel com antecedência:

  1. Liste as contas essenciais
    Registre impostos (IPTU, IPVA), matrícula, mensalidades escolares, seguros, água, luz e outras despesas fixas.
  2. Divida o pagamento de impostos
    Sempre que possível, parcele impostos e taxas que ofereçam essa opção. Isso alivia o fluxo de caixa no começo do ano.
  3. Evite pagamento de juros e multas
    Atrase o mínimo possível. Juros podem pesar ainda mais no bolso, sobretudo em cenários de altas taxas no cartão de crédito.

Planejamento financeiro e fundo de emergência

Organizar as contas nos primeiros meses do ano é o momento perfeito para reavaliar o que passou e ajustar o que vem pela frente. Educação financeira, corte de gastos supérfluos e eventuais fontes extras de renda são estratégias que ajudam a manter o bolso sob controle. A construção de um fundo de emergência é essencial para lidar com imprevistos e garantir maior tranquilidade.

“Ao se planejar logo em janeiro, você ganha poder de negociação, evita juros e constrói uma base mais sólida para o resto do ano”, finaliza a planejadora financeira.

Com essas dicas, fica mais fácil iniciar 2025 longe de dívidas e com maior clareza sobre as obrigações que costumam pesar nessa época. Um planejamento bem estruturado pode garantir férias mais tranquilas, sem deixar as contas atrasadas.

Fonte: Br61

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