Boca desmorona e pressão cai até em Riquelme, que mira técnico no Brasil

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Boca Juniors vive uma situação dramática em campo que não só ebuliu o clima dentro do clube e como também as pressões externas.

DRAMA EM CAMPO

O Boca emendou três derrotas seguidas e culminou na queda do técnico Diego Martínez. A equipe xeneize perdeu os clássicos para Racing e River Plate e levou a pior contra o Belgrano, registrando sua pior série desde abril de 2023.

A fase ruim se agravou depois que o time argentino caiu nas oitavas da Sul-Americana. A equipe vinha de 11 jogos de invencibilidade até ser despachada nos pênaltis pelo Cruzeiro.

A atmosfera pesou, e jogadores do Boca chegaram a brigar com a própria torcida. Atletas se irritaram por xingamentos de torcedores após a derrota para o River, causando bate-boca e confusão generalizada na beira do gramado. O goleiro Romero precisou ser contido por companheiros.

O time de Buenos Aires está mal na liga nacional, e só segue vivo em uma copa para sonhar em voltar à Libertadores. O Boca é apenas o 12º colocado no Campeonato Argentino, foi eliminado na semi da Copa da Liga Argentina e avançou às quartas da Copa Argentina.

Atual vice-campeão, o Boca não ficava longe da Libertadores desde 2017. O clube chegou à final do torneio no ano passado, mas foi vice-campeão para o Fluminense, ficou sem a vaga de campeão e também não conseguiu se classificar pelas competições argentinas. Apesar disso, está confirmado no Super Mundial de 2025.

PRESSÃO NA DIRETORIA E POSSÍVEL ‘ROUBO’ DE TÉCNICO

As pressões pela má fase recaem até em Riquelme, ídolo do time e atual presidente. O ex-meia já fazia parte da diretoria desde 2019, fazendo parte da conquista de cinco títulos como vice de futebol, e foi eleito ao cargo máximo com direito a votação histórica em dezembro do ano passado.

Torcedores apelaram para que principal torcida organizada do clube derrubasse a atual diretoria. Presidente da La 12, Rafael Di Zeo descartou nas redes sociais qualquer interferência política na administração.

“Lembrando a todos que mandam mensagens pedindo que derrubemos a atual diretoria, aos que pedem que ‘falemos’ com os jogadores, que foram eleitos há menos de um ano por nós. Nunca fizemos política nem vamos fazer” – Presidente da La 12

A busca do Boca por um novo técnico pode ter sequelas a um clube brasileiro, o São Paulo. O treinador argentino Luis Zubeldía está entre os principais cotados pela gestão xeneize. Ele tem contrato com o Tricolor paulista até o fim de 2025. Guillermo Barros e Gago também estão na lista.

Um possível candidato é Jorge Sampaoli, com passagens pelo Brasil —por Santos, Flamengo e Atlético-MG. Riquelme já disse publicamente que sonhava com o ex-técnico da Argentina no comando do clube.

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