A ArcelorMittal deu início a uma operação pioneira no Brasil, utilizando, desde agosto, um caminhão 100% elétrico para o transporte de bobinas de aço. A iniciativa faz parte da estratégia da empresa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e avançar em sua meta de descarbonização. Este é o primeiro caminhão elétrico da Volvo em Santa Catarina, com capacidade para transportar 30 toneladas por viagem. Até o fim do ano, a empresa planeja incorporar mais quatro caminhões elétricos à frota, cada um com capacidade de 48 toneladas.
Com esses cinco veículos, a empresa prevê o transporte de 120 mil toneladas de aço anualmente, evitando a emissão de mais de 800 toneladas de GEE por ano. As rotas, que abrangem até 200 quilômetros, partem da unidade da ArcelorMittal em São Francisco do Sul, em Santa Catarina.
A ArcelorMittal, que já é referência em sustentabilidade logística no Brasil, deu início aos testes com o caminhão elétrico em janeiro de 2024. O percurso de 488 quilômetros, incluindo trechos de serra, demonstrou que o veículo possui o mesmo desempenho em dirigibilidade e segurança que os caminhões a diesel. Além disso, o custo de manutenção é inferior e as operações podem ser contínuas, com breves paradas para recarga das baterias.
De acordo com Eduardo Crescente Raya, diretor de Planejamento e Logística da ArcelorMittal, a empresa continuará avaliando novas rotas e parcerias para expandir o uso dos caminhões elétricos. “O uso da energia elétrica torna o transporte de cargas mais sustentável e agrega valor ao nosso compromisso com a descarbonização”, afirmou Raya.
Meta global de carbono neutro até 2050
O Grupo ArcelorMittal foi pioneiro ao estabelecer a meta global de se tornar carbono neutro até 2050, com uma redução intermediária de 25% nas emissões até 2030. O plano inclui investimentos em inovação, como a linha de produtos XCarb©, e um roadmap de descarbonização em 15 países. No Brasil, a estratégia abrange cinco pilares: transformação da produção, eficiência energética, uso de sucata, energia limpa e compensação de emissões residuais.