Os corpos das vítimas do trágico acidente ocorrido na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), na madrugada deste sábado (21), foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte para identificação. Após o reconhecimento, os corpos serão liberados para as famílias realizarem os funerais.
Até o momento, o acidente deixou um saldo de 41 mortos, conforme informações da Polícia Civil. Contudo, o número exato de óbitos ainda depende do processo de identificação, que está sendo conduzido de forma minuciosa para evitar erros ou incongruências.
Dinâmica do acidente
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente foi causado por um bloco de granito que se desprendeu de uma carreta e atingiu um ônibus que trafegava na pista contrária. O impacto provocou um incêndio de grandes proporções no coletivo, dificultando o resgate e agravando o número de vítimas. O acidente ocorreu em um trecho sinuoso da rodovia, conhecido pelo alto índice de ocorrências semelhantes devido ao transporte de cargas pesadas na região.
Investigações iniciais apontam para uma possível falha mecânica ou erro na amarração da carga, o que teria resultado no desprendimento do bloco. Testemunhas relataram que o ônibus transportava passageiros de diferentes estados e tinha como destino final São Paulo.
Encaminhamento ao IML de Belo Horizonte
Inicialmente, os corpos foram levados ao posto do IML em Teófilo Otoni. No entanto, devido à complexidade e ao alto número de vítimas, a Polícia Civil optou por transferir os trabalhos de identificação para Belo Horizonte, onde há maior estrutura e equipe especializada. Uma equipe de peritos e legistas já foi mobilizada para acelerar o processo.
Familiares das vítimas estão recebendo apoio psicológico e logístico durante o período de identificação. A Prefeitura de Teófilo Otoni decretou luto oficial de três dias em solidariedade às famílias.
Impacto e medidas de segurança
O acidente reacendeu discussões sobre a segurança no transporte de cargas pesadas em rodovias movimentadas. A PRF informou que irá intensificar as fiscalizações nas amarrações de cargas, especialmente em regiões de serra. Além disso, o Ministério dos Transportes anunciou a criação de um grupo de trabalho para revisar normas de segurança no transporte de materiais de grande porte.
A população local também se mobilizou em uma corrente de solidariedade, prestando apoio às equipes de resgate e às famílias das vítimas.
Esse é considerado um dos acidentes mais graves do ano em Minas Gerais, reforçando a necessidade de melhorias na infraestrutura rodoviária e na regulamentação do transporte de cargas. Novas informações sobre a investigação e o processo de identificação das vítimas serão divulgadas conforme o avanço dos trabalhos.